
que, se não chover, vai faltar água no Mondego no verão para a agricultura,
abastecimento público e indústria, já que as reservas existentes não são
suficientes.
com agricultores da zona do Mondego, que, lembrou, foi “muito fustigada”
pelas cheias de dezembro, Eduardo Oliveira e Sousa defendeu a necessidade de
existir “articulação” entre as diversas entidades com responsabilidades na
região – nomeadamente nos ministérios da Agricultura e do Ambiente – e a
criação de “um verdadeiro grupo de trabalho que olhe para o projeto do
Mondego para evitar que estas situações se repitam”.
É inadmissível e incompreensível que um projeto que tem 30
anos em funcionamento tenha cerca de 40% de obra por fazer ou por acabar. Já há
parte dos equipamentos a precisarem de ser reformulados ou adaptados às novas
realidades e ainda não estão concluídas as obras anteriores, frisou ainda o
presidente da CAP.
seis bombas previstas, só lá estão duas e só uma está funcional? Há todo um
conjunto de matérias aqui que faz com que os agricultores estejam muito
preocupados face ao aproximar da época das culturas”, argumentou.
quinta-feira, nomeadamente um plano de intervenção, a realizar até 2023, que
anuncia 30 milhões de investimento em obras de reposição e conclusão do
aproveitamento hidroagrícola do Mondego, Eduardo Oliveira e Sousa frisou que a
“principal preocupação neste momento” dos agricultores é o que irá
acontecer “se não vier um inverno ainda com alguma generosidade [de chuva]”.
Porque já não há reservas de água para assegurar o
abastecimento às três atividades abrangidas pelo funcionamento deste
empreendimento. Este empreendimento precisava de ter uma gestão partilhada e
não tem e não se percebe como isso acontece, reafirmou.
rebentamentos de diques numa inundação – em Montemor-o-Velho ocorreram dois
colapsos – existindo agricultores com colheitas perdidas por essa ocorrência,
Eduardo Oliveira e Sousa lembrou que os seguros disponíveis para os
agricultores são “apenas seguros de colheita”, associados às culturas.
Os outros seguros são seguros de infraestruturas que, neste
caso, não podem ser feitos pelos agricultores. Porque as infraestruturas não
pertencem aos agricultores, aliás, os agricultores quando querem água, o setor
agrícola pede água ao setor ambiental, ou seja, à Agência Portuguesa do
Ambiente. Se alguém tem de ter algum seguro não são os agricultores, são os
organismos que são proprietários ou responsáveis pela gestão [da obra de
aproveitamento hidroagrícola], enfatizou.
reunião hoje realizada entre os responsáveis da CAP e os agricultores serviu
para debater, entre outras, questões relacionadas com a Política Agrícola
intencional”
o facto de duas barragens no Mondego terem níveis de água abaixo do normal para
a época, sublinhando tratar-se de uma medida de segurança após as cheias de
dezembro.
atingiram o Baixo Mondego entre 19 a 22 de dezembro de 2019, “apesar
da recuperação dos diques que ruíram, deixaram mais frágil o Sistema Hidráulico
do Baixo Mondego“.
[metros cúbicos por segundo] não é ultrapassado na Ponte do Açude em
Coimbra“, adianta a nota.
do Mondego a montante de Coimbra] “não são controláveis, a única forma
de garantir que no caso de chuva intensa se consegue evitar a ocorrência de
cheias é preservando a capacidade de encaixe nas albufeiras de Fronhas e Aguieira“,
razão “intencional” para os níveis de água destas
duas barragens estarem abaixo do normal para a época e “a melhor
medida de gestão para a segurança de pessoas e bens no Baixo Mondego”.
de água da barragem da Aguieira, o Ministério do Ambiente
estranha as declarações de Eduardo de Oliveira e Sousa.
definitivas no Baixo Mondego, divulgada quinta-feira, através de uma resolução
do Conselho de Ministros que cria um plano de ação intitulado “Mondego Mais Seguro” que inclui cerca de 30 milhões de euros de investimentos,
“se poderão atingir as cotas normais nas referidas albufeiras“.