
O secretário de Estado do Cinema, Audiovisual e Media, Nuno Artur Silva, afirmou hoje na comissão parlamentar de Cultura e Comunicação, que será apresentada “muito em breve a medida de emergência que seja bastante generalista e transversal de apoio aos órgãos de comunicação social“, no âmbito do impacto da pandemia do novo coronavírus
A comissão parlamentar ocorreu na sequência dos requerimentos apresentados pelo PAN e PS sobre as consequências resultantes da pandemia do novo coronavírus nos setores da cultura e dos media, onde esteve também presente a ministra da Cultura, Graça Fonseca.
“Em relação às questões concretas da área da comunicação social que foram levantadas pelo deputado Jorge Costa, de facto nós estamos a preparar uma medida de emergência, mas sempre dentro do contexto […] das medidas transversais“, afirmou o governante, salientando que “as medidas foram alargadas para poderem abranger o mais possível os setores da comunicação social“.
Relativamente a outras medidas de apoio aos media, tendo em conta o seu futuro, o governante disse esperar que seja possível avançar “imediatamente a seguir” à medida de emergência, pois “mais do que a sobrevivência deste ou daquele órgão de comunicação social, a sobrevivência de um jornalismo livre, independente, plural, o que nos deve mover e fazer pensar em relação ao futuro próximo e ao futuro imediato“, considerou.
Imprensa regional impressa em agonia
Entretanto João Palmeiro, presidente da Associação Portuguesa de Imprensa, alerta para a grave situação em que se encontram, sobretudo, as pequenas publicações “com poucos trabalhadores e, em muitos
casos, até com pessoas que trabalham de boa vontade“.
casos, até com pessoas que trabalham de boa vontade“.
“O que nós sabemos, e isso é muito importante, é que
até hoje deixaram de imprimir cerca de 30 publicações de vários pontos do país.
E dessas 30 publicações, mais de metade não têm operação digital, são publicações
que correm o risco de desaparecer mesmo“, acrescentado que ainda não tem dados sobre quantas empresas terão recorrido ao ‘lay-off’.
até hoje deixaram de imprimir cerca de 30 publicações de vários pontos do país.
E dessas 30 publicações, mais de metade não têm operação digital, são publicações
que correm o risco de desaparecer mesmo“, acrescentado que ainda não tem dados sobre quantas empresas terão recorrido ao ‘lay-off’.
Admitindo não ter uma contabilização exata do número de
trabalhadores envolvidos nestas 30 publicações, o presidente da Associação
Portuguesa de Imprensa referiu que, “no mínimo, estarão envolvidas
cerca de 150 pessoas“, excluindo os colaboradores à peça ou a título
voluntário.
trabalhadores envolvidos nestas 30 publicações, o presidente da Associação
Portuguesa de Imprensa referiu que, “no mínimo, estarão envolvidas
cerca de 150 pessoas“, excluindo os colaboradores à peça ou a título
voluntário.
A grande dificuldade da imprensa regional, destaca João
Palmeiro, prende-se com a publicidade que, em muitos casos, desapareceu.
Palmeiro, prende-se com a publicidade que, em muitos casos, desapareceu.
“Porque os grandes anunciantes da imprensa regional
são aqueles que foram obrigados a fechar pela pandemia. Nem há aqui uma questão
de queriam ou não queriam. Foram obrigados. Infelizmente, a única atividade da
imprensa regional que não desapareceu foram os obituários“, afirmou.
são aqueles que foram obrigados a fechar pela pandemia. Nem há aqui uma questão
de queriam ou não queriam. Foram obrigados. Infelizmente, a única atividade da
imprensa regional que não desapareceu foram os obituários“, afirmou.