O Presidente da República assinala hoje o Dia de Portugal,
de Camões e das Comunidades Portuguesas com um programa mínimo no Mosteiro dos
Jerónimos, em Lisboa, onde estarão apenas os dois oradores e seis convidados.
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Foto de José Fernandes (Expresso) |
Devido à pandemia de covid-19, Marcelo Rebelo de Sousa
cancelou as comemorações do 10 de Junho que estavam previstas para a Região
Autónoma da Madeira e África do Sul e optou por fazer em Lisboa uma cerimónia
“pequena, simbólica“, como seu entender deveriam ter sido celebrados
o 25 de Abril e o 1.º de Maio.
cancelou as comemorações do 10 de Junho que estavam previstas para a Região
Autónoma da Madeira e África do Sul e optou por fazer em Lisboa uma cerimónia
“pequena, simbólica“, como seu entender deveriam ter sido celebrados
o 25 de Abril e o 1.º de Maio.
A cerimónia terá início às 11:00, com o içar da bandeira e o
hino nacional executado pela Banda da Força Aérea, no exterior do Mosteiro dos
Jerónimos, onde haverá uma guarda de honra formada por cadetes dos três ramos
das Forças Armadas, e está previsto que termine pelas 11:40, após a intervenção
do chefe de Estado.
hino nacional executado pela Banda da Força Aérea, no exterior do Mosteiro dos
Jerónimos, onde haverá uma guarda de honra formada por cadetes dos três ramos
das Forças Armadas, e está previsto que termine pelas 11:40, após a intervenção
do chefe de Estado.
Antes, discursará o cardeal e poeta madeirense Tolentino
Mendonça, escolhido por Marcelo Rebelo de Sousa para presidir a estas
comemorações do Dia de Portugal. Os discursos serão proferidos nos claustros do
mosteiro, depois de o Presidente da República depor uma coroa de flores no
túmulo de Camões e prestar homenagem aos mortos em combate, na Igreja de Santa
Maria de Belém.
Mendonça, escolhido por Marcelo Rebelo de Sousa para presidir a estas
comemorações do Dia de Portugal. Os discursos serão proferidos nos claustros do
mosteiro, depois de o Presidente da República depor uma coroa de flores no
túmulo de Camões e prestar homenagem aos mortos em combate, na Igreja de Santa
Maria de Belém.
Os seis convidados presentes correspondem aos primeiros lugares
da lista de precedências do Protocolo do Estado, que é encabeçada pelo chefe de
Estado, seguindo-se o presidente da Assembleia da República, o
primeiro-ministro e os presidentes do Supremo Tribunal de Justiça, do Tribunal
Constitucional, do Supremo Tribunal Administrativo e do Tribunal de Contas.
da lista de precedências do Protocolo do Estado, que é encabeçada pelo chefe de
Estado, seguindo-se o presidente da Assembleia da República, o
primeiro-ministro e os presidentes do Supremo Tribunal de Justiça, do Tribunal
Constitucional, do Supremo Tribunal Administrativo e do Tribunal de Contas.
Numa entrevista à TVI na semana passada, o
primeiro-ministro, António Costa, considerou que o Presidente da República
“quis dar um sinal de sobriedade especial na comemoração deste 10 de
Junho, não só por razões de saúde pública, mas também porque o país vive um
momento particularmente emotivo” e que a sua decisão “é um gesto de
respeito por todos que é muito importante“.
primeiro-ministro, António Costa, considerou que o Presidente da República
“quis dar um sinal de sobriedade especial na comemoração deste 10 de
Junho, não só por razões de saúde pública, mas também porque o país vive um
momento particularmente emotivo” e que a sua decisão “é um gesto de
respeito por todos que é muito importante“.
Nos quatro anos anteriores do seu mandato, Marcelo Rebelo de
Sousa assinalou o 10 de Junho com um modelo inédito de duplas comemorações, em
Portugal e junto de comunidades portuguesas no estrangeiro, lançado no ano da
sua posse, 2016, em articulação com o primeiro-ministro, António Costa, e com a
sua participação.
Sousa assinalou o 10 de Junho com um modelo inédito de duplas comemorações, em
Portugal e junto de comunidades portuguesas no estrangeiro, lançado no ano da
sua posse, 2016, em articulação com o primeiro-ministro, António Costa, e com a
sua participação.
Este é o último Dia de Portugal do atual mandato
presidencial de Marcelo Rebelo de Sousa e contrasta com os formatos das
cerimónias dos quatro anos anteriores. Logo no ano da sua posse, em 2016, o
Presidente da República lançou um modelo inédito de duplas comemorações do 10
de Junho, em Portugal e junto de comunidades portuguesas no estrangeiro, em
articulação com o primeiro-ministro, António Costa, e com a sua participação.
presidencial de Marcelo Rebelo de Sousa e contrasta com os formatos das
cerimónias dos quatro anos anteriores. Logo no ano da sua posse, em 2016, o
Presidente da República lançou um modelo inédito de duplas comemorações do 10
de Junho, em Portugal e junto de comunidades portuguesas no estrangeiro, em
articulação com o primeiro-ministro, António Costa, e com a sua participação.
Em 2016 decorreram entre Lisboa e Paris, em 2017 entre o
Porto e o Brasil, em 2018 entre os Açores e os Estados Unidos da América e em
2019 entre Portalegre e Cabo Verde. As cerimónias começavam no dia 09 de junho
e estendiam-se por mais dois dias, ou mesmo três, com programas praticamente
sem intervalos e complexas operações logísticas complexas para assegurar a atempada
deslocação de todos os envolvidos.
Porto e o Brasil, em 2018 entre os Açores e os Estados Unidos da América e em
2019 entre Portalegre e Cabo Verde. As cerimónias começavam no dia 09 de junho
e estendiam-se por mais dois dias, ou mesmo três, com programas praticamente
sem intervalos e complexas operações logísticas complexas para assegurar a atempada
deslocação de todos os envolvidos.
Com este modelo, o chefe de Estado e Comandante Supremo das
Forças Armadas fazia dois discursos nesta data, um mais solene, de manhã, numa
cerimónia militar em território português, e outro mais emotivo, ao fim do dia,
perante comunidades portuguesas no estrangeiro – ou, como prefere dizer, no
“território espiritual” da nação.
Forças Armadas fazia dois discursos nesta data, um mais solene, de manhã, numa
cerimónia militar em território português, e outro mais emotivo, ao fim do dia,
perante comunidades portuguesas no estrangeiro – ou, como prefere dizer, no
“território espiritual” da nação.
Marcelo Rebelo de Sousa dedicou as suas intervenções nesta
data sobretudo à exaltação do povo e de Portugal, duas das palavras que mais
repetiu, falando numa pátria de caráter “universal“. Dedicou sempre
um elogio aos emigrantes e tornou-se uma marca sua engrandecer os portugueses e
Portugal proclamando-os “os melhores“.
data sobretudo à exaltação do povo e de Portugal, duas das palavras que mais
repetiu, falando numa pátria de caráter “universal“. Dedicou sempre
um elogio aos emigrantes e tornou-se uma marca sua engrandecer os portugueses e
Portugal proclamando-os “os melhores“.
No seu primeiro 10 de Junho como Presidente da República, em
2016, fez uma intervenção no Terreiro do Paço, em Lisboa, a aclamar “o
povo armado” e “não armado” construtor da identidade nacional e
o papel das Forças Armadas para a liberdade e a independência.
2016, fez uma intervenção no Terreiro do Paço, em Lisboa, a aclamar “o
povo armado” e “não armado” construtor da identidade nacional e
o papel das Forças Armadas para a liberdade e a independência.
No ano seguinte, a cerimónia militar decorreu no Porto, onde
abriu o seu discurso defendendo um Portugal “independente do atraso, da
ignorância, da pobreza, da injustiça, da dívida, da sujeição” e
“livre da prepotência, da demagogia, do pensamento único, da xenofobia e
do racismo“.
abriu o seu discurso defendendo um Portugal “independente do atraso, da
ignorância, da pobreza, da injustiça, da dívida, da sujeição” e
“livre da prepotência, da demagogia, do pensamento único, da xenofobia e
do racismo“.
Em 2018, em Ponta Delgada, na ilha açoriana de São Miguel, o
chefe de Estado afirmou Portugal como um país destinado a um
“universalismo fraternal“, que prefere “a paciência dos acordos,
mesmo se difíceis, à volúpia das roturas, mesmo se tentadoras” e “o
multilateralismo realista ao unilateralismo revivalista“.
chefe de Estado afirmou Portugal como um país destinado a um
“universalismo fraternal“, que prefere “a paciência dos acordos,
mesmo se difíceis, à volúpia das roturas, mesmo se tentadoras” e “o
multilateralismo realista ao unilateralismo revivalista“.
Em 2019, em Portalegre, enalteceu a resistência de Portugal,
salientando que está a menos de três décadas de comemorar 900 anos como nação
independente, e disse que os portugueses são “muito mais do que
fragilidades ou erros” e não têm complexos em relação ao seu passado.
salientando que está a menos de três décadas de comemorar 900 anos como nação
independente, e disse que os portugueses são “muito mais do que
fragilidades ou erros” e não têm complexos em relação ao seu passado.
Ao mesmo tempo, no entanto, avisou que não se pode nem deve
omitir ou apagar “fracassos coletivos” e “erros antigos ou
novos“, acrescentando: “Não podemos nem devemos esquecer ou minimizar
insatisfações, cansaços, indignações, impaciências, corrupções, falências da
justiça, exigências constantes de maior seriedade e ética na vida pública“
omitir ou apagar “fracassos coletivos” e “erros antigos ou
novos“, acrescentando: “Não podemos nem devemos esquecer ou minimizar
insatisfações, cansaços, indignações, impaciências, corrupções, falências da
justiça, exigências constantes de maior seriedade e ética na vida pública“
A pandemia de covid-19, doença provocada por um novo
coronavírus detetado em dezembro do ano passado no centro da China, atingiu 196
países e territórios.
coronavírus detetado em dezembro do ano passado no centro da China, atingiu 196
países e territórios.
Em Portugal, os primeiros casos foram confirmados no dia 02
de março e já morreram com esta doença 1492 pessoas, num total de 35.306 casos
de infeção diagnosticados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde (DGS).
de março e já morreram com esta doença 1492 pessoas, num total de 35.306 casos
de infeção diagnosticados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde (DGS).