
terrestre, foi a ideia fundadora. Nunca alcançou o êxito vaticinado, foi
‘engolida’ nalguns troços por novas estradas, noutros ‘despromovida’ a
Regional, mas ressurgiu nos últimos tempos mais viva do que nunca.
Entre os convidados estiveram José Vilas Boas, Inês Costa Monteiro, João Amorim, Filipe Pinhas, Marta Ferreira, Voodoolx e Andreia Costa Lopes, que vão explorar os recantos daquela que é a maior estrada de Portugal e a terceira maior estrada do Mundo.
A iniciativa “Portugal Por Dentro” segue em linha com as últimas ações da Samsung, como o 943km de Fotografia, onde a marca pretendeu mostrar uma nova perspetiva de Portugal aos portugueses e a quem nos visita, criando e mostrando novas memórias entre lugares, gentes e tradições nesta que é a terceira maior estrada do mundo.
equipa navegou na Barca Serrana e subiu à Serra de Gavinhos

de Reconquinho, nas margens do Mondego, em frente a Penacova, foi a primeira
paragem do dia. Fizeram um passeio no “Tareco”, a barca serrana, réplica das
muitas embarcações que antigamente desciam o Mondego desde a foz do Dão até ao
mar na Figueira da Foz e que garantiam o escoamento dos produtos agrícolas do
interior, tendo o Mondego como a ‘autoestrada’ natural desta região e as barcas
os camiões, que para além de não poluírem, não precisavam de gastar dinheiro a
atestar os depósitos para chegar ao seu destino.
saiu momentaneamente da N2, e foi até ao topo da Serra de Gavinhos, tendo
ficado atraídos pelas vistas que de lá se alcançam e pela dezena de moinhos,
alguns ainda a funcionar, que ali se implantaram. De volta à rota certa, rapidamente chegaram a São Miguel de Poiares, onde almoçou. Seguiram até à
simpática vila de Góis, banhada pelo rio Ceira, conhecido na antiguidade pelo
muito ouro que o seu leito arrastava e pelas boas trutas que lá se pescavam.
Começamos logo a ação com uma Barca Serrana e claro um mortal para dentro de água do nosso João Kopke. Quisemos testar a profundidade das nossas lentes no coração da serra e nas aldeias de Xisto. Mas a chave de ouro? Um magnífico por do sol que nos encantou a todos
do Xisto’ que se encontra a maior altitude (770 metros) e uma das mais bem
preservadas desta conhecida rede de aldeias. De volta à N2, as sucessivas
curvas da serra da Lousã – um dos troços mais sinuosos de toda a viagem –,
inebriam-nos com o agradável perfume dos omnipresentes eucaliptos o que os levou,
por instantes, a esquecer o perigo de incêndio que representam.
descida para Pedrogão Grande, começam a aparecer as primeiras grandes áreas de floresta
ardida e logo depois, uma das localidades mais mencionadas da N2, que dá pelo
nome de Picha, a que se segue Venda da Gaita, sequência nominativa que os
deixou a pensar na malandrice de quem batizou estas localidades. A barragem do
Cabril, que represa o Zêzere e é uma das maiores reservas de água doce de
Portugal, foi a paragem seguinte, breve, que a Sertã, onde a equipa terminou o
dia e jantou, já estava perto.
Amorim, foi líder de viagens e fotógrafo, foi o convidado do dia.